Das palavras (e músicas) que contam histórias, vida e transbordam comoção…

Jamie Lawson – Wasn’t Expecting That

It was only a smile but my heart it went wild
I wasn’t expecting that
Just a delicate kiss, anyone could’ve missed
I wasn’t expecting that

Did I misread the sign?
Your hand slipped into mine
I wasn’t expecting that
You spent the night in my bed,
You woke up and you said
“Well, I wasn’t expecting that”

I thought love wasn’t meant to last,
I thought you were just passing through
If I ever get the nerve to ask
What did I get right to deserve somebody like you?
I wasn’t expecting that
It was only a word, it was almost mis-heard
I wasn’t expecting that
But it came without fear,
A month turned into a year
I wasn’t expecting that

I thought love wasn’t meant to last,
Honey, I thought you were just passing through
If I ever get the nerve to ask
What did I get right to deserve somebody like you?
I wasn’t expecting that

Isn’t it strange how a life can be changed
In the flicker of the sweetest smile
We were married in spring
You know I wouldn’t change a thing
Without that innocent kiss, what a life I’d have missed

If you’d not took a chance on a little romance
When I wasn’t expecting that
Time doesn’t take long, three kids up and gone
I wasn’t expecting that
When the nurses they came, said it’s come back again
I wasn’t expecting that
Then you closed your eyes, you took my heart by surprise
I wasn’t expecting that!

Frágil…

A banda sonora dos últimos dias!

"Faz-me um sinal qualquer
 Se me vires falar de mais
 Eu às vezes embarco
 Em conversas banais"
                Jorge Palma in 'Frágil'

Há coisas que não se explicam. Acontecem! Existem! E isso basta!

A música ‘foge’ um pouco ao meu gosto musical, é verdade, apesar de gostar de alguma música reggae. Best Friend’ de Richie Campbell protagonizou, ainda assim e casualmente, o fim de um longo dia de importantes conquistas pessoais. Primeiro estranhei, mas depois quis a dita entranhar-se. Acresce ainda o facto do tema me fazer lembrar a minha Li, que foi uma das pessoas que mais me apoiou (como sempre, aliás) e, acima de tudo,  porque ela é a minha ‘Best Friend’ :).


Best Friend’ de Richie Campbell

Da inocência pura que revivemos nos mais pequenos e que a vida (naturalmente) nos ‘vai roubando’…

❤ Para o meu amor pequenino! ❤

Música: Sivuca
Letra: Chico Buarque [1977]

João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinés

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

Um tema (de 1992) sempre actual…

1992

Tinha entrado há um ano na faculdade, conhecia gente de todo o país (continente e ilhas), comunicávamos preferencialmente por carta, em algumas casas não havia (ainda) telefone fixo e começava-se a falar de (e por) telemóveis (uns autênticos ‘tijolos’, a bem da verdade). O computador era um aparelho imenso, a que geralmente só tínhamos acesso nas escolas e em casa de amigos ‘mais abonados’. (Acho que nessa altura não sabia sequer onde se ligava um pc e fazia os possíveis para nem tocar, com medo de estragar. Tanta ignorância, meu Deus!) Os trabalhos para entrega eram escritos à mão ou em máquinas de escrever e as pesquisas eram feitas em silêncio em lindas bibliotecas, de onde chegávamos muitas vezes encharcados, por não ficarem tão perto de nós quanto desejávamos e com um calo no dedo, de tanto escrever.
Apanhavam-se autocarros, comboios e camionetas da carreira para ir e vir da faculdade, a não ser que tivéssemos a sorte de arranjar boleia do pai de um amigo. Poucos tinham transporte próprio. Andar a pé fazia parte da nossa rotina e ninguém se queixava.
O dinheiro era pouco ou nenhum, mas ia dando para um café no ‘Encontro’, lá em cima na Rua do Rosário, ou no ‘Café Imagem’ na Torrinha, quando o almoço se fazia numa das cantinas da FEUP. Fui tão feliz na FEUP, sendo da FLUP! Suspiro!
Conversávamos muito! Nos intervalos nas aulas, nos dias sem aulas, ou nas aulas que furávamos. Relembro com saudade o exterior da velha faculdade, onde ficávamos horas ao ar livre a partilhar histórias vividas, outras que se queriam viver e a rascunhar o tempo que havia de vir. Falava-se de tanta coisa. De tudo, de nada. Mas falava-se. O mundo parecia acontecer mais devagar, talvez pela demora em chegar a informação.
Ainda assim, a letra dos Xutos já mostrava o que começava a ser a rotina da falta de tempo e da cultura do ‘ecrã’. Na altura a televisão era a RTP (seria este, aliás, o ano do aparecimento da SIC) e nem se vislumbrava a panóplia de gadgets que vieram ‘desviar’ a atenção de crianças e adultos, alheando-os muitas vezes da realidade.

Chuva dissolvente – Xutos & Pontapés

Entre a chuva dissolvente
No meu caminho de casa
Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta
Metro, túnel, confusão
Entre suor despertino
Mergulho na solidão
No dia a dia sem destino

Putos que crescem sem se ver
Basta pô-los em frente a televisão
Hão-de um dia se esquecer
Rasgar retratos largar-me a mão
Hão-de um dia se esquecer
Como eu quando cresci
Será que ainda te lembras
Do que fizeram por ti

E o que foi feito de ti
E o que foi feito de mim
E o que foi feito de ti
Já me lembrei, já me esqueci

Quando te livrares do peso
Desse amor que não entendes
Vais sentir uma outra força
Como que uma falta imensa
E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa

E o que foi feito de ti
E o que foi feito de mim
E o que foi feito de ti
Já me lembrei, já me lembrei
Já me esqueci

Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

Das músicas que enchem a alma, apertam o coração e norteiam a jornada*…

Ou a banda sonora perfeita para estes dias menos fáceis! 


Hallelujah by Jeff Buckley

*e que não mais me largou, desde que a ouvi aqui.

Dedicado ao meu (pequeno, mas maravilhoso) mundo de afectos…

Por quem faço por estar sempre presente! Para os da família de sangue, para os da família do ❤ , para os amigos verdadeiros (estejam eles mais ou menos próximos fisicamente).

E disto nunca abdicarei. Porque sei que só assim serei feliz!


“By your side” by Sade

(…) “When you’re on the outside, baby, and you can’t get in 
I will show you, you’re so much better than you know

When you’re lost, you’re alone and you can’t get back again
I’ll find you, darling, and I’ll bring you home” (…)

(O meu) passado musical #2

When Love Breaks Down by Prefab Sprout (1985)

Daquelas músicas que (me) arrepiam ‘até à alma’…

'My love is growing stronger,
 as you become a habit to me
 Oh I've been loving you a little too long
 I dont wanna stop now, oh
 With you my life,
 Has been so wonderful
 I can't stop now'

‘I’ve Been Loving You Too Long’ by Otis Redding  

De como a música me salva inúmeras vezes…

Não é novidade para ninguém (ou não deveria ser) que a música pode ter efeitos fantásticos no modo como somos, ou como nos sentimos (tanto física como emocionalmente). Hoje é dia ‘mais ou menos’. Porque nem sempre os tais dias marcados nos ‘calham’ bem! A banda sonora escolhida é do Chico Buarque. Porque também assim calhou!
Aproveito a boleia do Chico para dar um passeio pelas memórias de outros tempos, quando me foram apresentados alguns temas deste e de outros mestres da MPB.  É o caso de ‘Você Não Entende Nada’ de Caetano Veloso,  uma dessas recordações especiais, com quase 20 anos de vida. Ai, as vezes que cantámos essa canção! 🙂

Depois acabei por me render à sua versão ao vivo, numa fusão sui generis e fabulosa com o ‘Cotidiano’ do Chico. Um diálogo de mestres, como eu costumo dizer.