Fazer o luto e sobreviver a uma vida virada do avesso…

Não se gosta de falar da morte, um assunto para muitos tabu, inexplicável, e, ao mesmo tempo, de sabor amargo e triste… talvez por ultrapassar as nossas acções, enquanto indivíduos. Contudo, a morte existe e acompanha a vida de todos, seja mais cedo ou mais tarde. Fazer o luto é o passo seguinte e é certamente a pior das obrigações do ser humano.
Ontem falou-se de perdas, de morte, do luto, de culpa e de como se sobrevive a uma vida virada do avesso no programa Grande Entrevista de Judite de Sousa. A entrevistada era Emília Agostinho, uma mãe que perdeu um filho de sete anos há 24 anos e também Presidente da Associação A Nossa Âncora, uma associação que ajuda pais em luto. E eu assisti do princípio ao fim, quase inerte tal a profundidade de tão delicado tema.

Deixo o link da entrevista aqui.

Site da Associação: www.anossaancora.pt/

A Morte

A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.

Vinicius de Moraes

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