O que se faz com tanto talento em Portugal?

Os programas de televisão, à procura de novos talentos, surgem como cogumelos e, como já se sabe, são poucos os concorrentes que têm êxito posteriormente… na verdade, ficam os que realmente têm valor e espera-se que os restantes saibam defender-se das agruras do mundo que os espera, após a passagem pelo sonho cor-de-rosa. Nem todos têm os pés bem assentes na terra, esse é o problema. Entre aqueles que possivelmente alcançarão o sucesso, acho que vai constar a vencedora da última edição do Ídolos, de quem já falei aqui, e aquele que devia ter ganho a última edição da Operação Triunfo. Veremos o que o futuro lhes reserva.
Enquanto se espera, deixo-vos respectivamente duas das suas últimas actuações: a presença da Sandra Pereira no 5 Para a Meia Noite desta semana e o dueto de Diogo Leite com Lúcia Moniz na final da OT do Sábado passado, que é lindíssimo.


/”Cuts You Up” by Sandra Pereira @ 5 Para a Meia Noite c/ Filomena Cautela/

/”Try Again” by Lúcia Moniz e Diogo Leite @ Final OT 2010/

A magia do Pai Natal…

Todos os anos no Natal regressa a magia do senhor das barbas brancas e começa a grande agitação à sua volta. Alguns escrevem cartas com pedidos, uns curtinhos outros mais longos e fazem promessas de bom comportamento para o ano que se avizinha. Depois há aqueles que começam a duvidar da sua existência e ainda há aqueles que, até já descobriram o seu segredo, mas fazem tudo para não acreditar. Lá chegará o dia em que tudo esclarecer-se-á nas suas cabecinhas, ainda que a verdade não seja exactamente o que mais gostariam de saber.
E qual é o papel dos adultos no decorrer destes momentos? Eu acredito que acompanhar a magia das crianças é a melhor solução. Mandar as cartas ao Pai Natal, vestir a roupinha encarnada para fazer a entrega dos presentes. E convém não esquecer, é claro, de deixar o leite e as bolachas ao Pai Natal e  às suas renas, bem juntinho da lareira.

Ho Ho Ho!

António Feio na “Grande Entrevista”

António Feio - Caricatura de José Pinheiro

António Feio – Caricatura de José Oliveira

                                                                       Foto @ antoniofeio.com

Nunca foi tão requisitado pelos meios de comunicação, como nos últimos meses, e tudo por culpa de um cancro que ele quer vencer com todas as suas forças. Tenho pena que seja necessário um “bicharoco” destes, para que se perceba que ele está bem perto, como sempre esteve. E têm sido tantos os motivos para ser agraciado, entrevistado, homenageado – basta ver o seu portfolio. Na verdade, a vida é mesmo assim… ou é na maior parte das vezes. Só damos valor ao que temos quando a possibilidade de as perder se afigura diante de nós. Ele próprio admite que só agora se apercebeu que também a sua vida passou rápido demais, que repara mais no que o rodeia, que deveria ter sentido e vivido mais as coisas. O tempo revelou-se de repente sem complacência e ele agora quer fintá-lo.

No programa Grande Entrevista desta semana reforçou que é um homem cheio de energia positiva, agarrado à esperança e à vida, mas, como diz Judite de Sousa, “com medo que o amanhã não seja amanhã”. Gostei muito de ver a conversa dos dois. Foi uma entrevista muito fluída e dinâmica, que não particularizou nem compartimentou temas, como é comum.  A jornalista cruzou vida pessoal e profissional, da mesma forma que elas vivem e convivem no dia-a-dia do actor. Recorre ao humor para contornar a dor, porque sabe-o fazer como ninguém e porque conhece as vantagens de saber rir do impensável. Aliás, da vantagem sobre a doença diz que “se pudesse dava-lhe cabo do canastro só com humor”. Nunca se sabe!

Este é António Feio!
Força!

Podem assistir à entrevista na íntegra aqui.

Há músicas que nos guiam ao lindo mundo dos afectos…

A versão de “My Girl” é de Tiago Iorc e faz parte da banda sonora da nova novela de Manoel CarlosViver a Vida.  
E é LINDA!

‘Christian the Lion’ – uma bonita história de AMOR

Mutts

Mutts

Foi através do programa da Oprah que tive conhecimento desta linda história de ternura e cumplicidade entre um animal selvagem e dois homens. Que isso pode acontecer já não é novidade, mas o facto do leão se lembrar dos mesmos, após uma separação de um ano, faz-nos pensar que os afectos falam sempre mais alto.

Há personagens que não se esquecem…

Maura Tierney

Maura Tierney

Vejo ER – Serviço de Urgência desde o seu início, já lá vão 15 anos. Vi todos os episódios e alguns deles mais do que uma vez. Não é por isso de estranhar que me tenha afeiçoado a alguns dos personagens desta frenética série televisiva, especialmente ao Dr. Greene (Anthony Edwards) e a Carter (Noah Wyle) que estão, sem dúvida, no topo da lista dos preferidos de sempre. Neste post a dedicatória é feita, desta vez,  ao terceiro lugar da dita lista, que pertence à enfermeira/médica Abby Lockhart (Maura Tierney). Por coincidência, ou talvez não, vi este fim-de-semana The book of Abby“, o seu último episódio na série e soube, quase na mesma altura, que a actriz teve de abandonar a série Parenthood, para a qual se preparava para protagonizar, devido a um sério problema de saúde. A vida ofereceu-lhe esta ironia do destino, depois de ter passado dez anos a trabalhar no County General, o hospital que serve de cenário a ER.
Acredito que será apenas uma fase menos boa da sua vida e que brevemente a iremos ver noutro papel, tão ou mais importante que a sua singular Abby Lockhart. Deixo, por isso, em jeito de homenagem positiva, um clip com algumas das suas imagens na série.


“And at that moment I knew, I was positive, that happiness was something I was never going to find…. Things can change, they can get better even if you can’t see it, they can.”

Maura Tierney (as Abby Lockhart) @ ER [S.13, Ep. 14]

“Verão Azul” nas palavras de ‘Piraña’- um presente de Fernando Alvim

'Piraña" de Verão Azul com Fernando Alvim
‘Piraña’ (“Verão Azul”) com Fernando Alvim

Foto @ esperobemquenao.blogspot.com

Eu sou da geração “Verão Azul” e não tenho vergonha em assumir o quanto eu gostava do Piraña, do Tito e da doce Bea, ou o quanto eu chorei no episódio em que o Chanquete morreu. Acho até que a primeira vez que falei espanhol foi para dizer “A lo mejor!” (lembram-se desse episódio?) 🙂

Fernando Alvim trouxe-me de novo essas memórias, numa entrevista a Miguel Valero, que visita o mundo do seu Piraña e seus amigos, passados 24 anos. Podem confimar tudo isso aqui.

Fiquem com o emblemático genérico:

Nem o Camané foi poupado ao humor dos ‘Contemporâneos’…

“que me lembre nunca vi a Amália a cantar com um polinho da Lacoste”
😀

Barack Obama e a mosca irritante…

Tratou-se, de facto, de um momento de televisão caricato, mas igualmente representativo da personalidade descontraída e informal de Barack Obama. O Presidente dos EUA não hesitou em afastar definitivamente uma mosca, que teimava em importunar a entrevista que decorria na Casa Branca. Foi sem dúvida um momento muito divertido, mas de todo o episódio destaco o modo como saiu desta aventura, ao apanhar do chão a vencida mosca, sem qualquer tipo de constrangimento.

A mosca revelou-se, sem saber, um caso de sucesso mundial. 😀

O meu imaginário infantil ficou mais pobre…

É com muita tristeza que se assiste à partida de Vasco Granja, um homem de voz doce e apaixonada, que contagiava diferentes gerações de pessoas, que cresceram a conhecer os desenhos animados da Disney, o Bugs Bunny, o Speedy Gonzáles, a Pantera Cor-de-rosa ou os filmes provenientes da Europa de Leste, sem esquecer as marionetes e as sombras chinesas…
A paixão pelos bonecos, a vontade de partilhar momentos mágicos e intemporais tiveram hoje o seu último acto.

Em jeito de homenagem, deixo o vídeo do meu episódio preferido da Disney, visto pela primeira vez no programa “Cinema de Animação”, que Vasco Granja apresentou durante 16 anos na RTP.